sábado, 26 de setembro de 2009





"Desde o primeiro momento em que comecei a me envolver em telejornalismo também me deixei seduzir pelo fascínio da imagem e difundia muito entre meus companheiros a idéia de que a gente devia ser muito contido no uso de palavras para valorizar a imagem.

Ao longo do tempo, repensei esse meu juízo, porque cheguei à conclusão simplificando o meu pensamento, de que, se a imagem mostra, só a palavra esclarece.

Então, passei a rever o meu conceito achando o seguinte: que, ao contrário do que diz a máxima chinesa, uma boa imagem vale mais do que mil palavras, eu prefiro dizer, uma boa imagem vale mais associada a uma boa palavra".


Armando Nogueira - No livro "O texto na TV" - Vera Íris Paternostro

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Diretrizes curriculares

Comissão entrega propostas sobre cursos de jornalismo

Sexta-feira, 18 de setembro de 2009 - 16:33
A comissão de especialistas em ensino de jornalismo entregou nesta sexta-feira ao Ministério da Educação a proposta de revisão das diretrizes curriculares dos cursos. A entrega foi feita durante entrevista coletiva, com a presença do ministro Fernando Haddad.

Uma análise final do documento será feita no MEC. Em seguida, o texto será encaminhado ao Conselho Nacional de Educação (CNE). “Por lei, o CNE é o órgão responsável pela revisão das diretrizes. Depois, o Conselho envia proposta de resolução ao MEC”, explicou o ministro. As novas diretrizes devem ser aprovadas ainda este ano para começar a vigorar em 2010.

De acordo com o presidente da comissão, José Marques de Melo, entre as propostas estão o incentivo à diversidade de projetos pedagógicos nos cursos de jornalismo, o estágio supervisionado e a construção de cursos mais autônomos.

“Pretendemos que o curso de jornalismo tenha mais autonomia curricular, porque o que ocorre hoje é que o aluno entra e passa dois anos fazendo disciplinas comuns a todos os cursos de Comunicação”, disse.

Segundo José Marques, na proposta também está prevista uma maior criatividade na elaboração dos projetos pedagógicos. “É preciso haver mais diversidade na elaboração dos projetos pedagógicos para abarcar, por exemplo, as diferenças regionais”, explicou.

De acordo com Marques, outra sugestão da comissão é incluir no currículo o estágio supervisionado. “A idéia é que o aluno faça estágio nos últimos anos do curso, mediante parceria entre as escolas e as empresas.”

Na visão de Marques, as propostas pretendem atualizar o perfil dos estudantes e melhorar a formação dos jornalistas. “A intenção é revalorizar o diploma. Os jornalistas que se formarem sob essas orientações serão bem mais competentes”, afirmou.

De acordo com o ministro, a queda da exigência do diploma torna a revisão das diretrizes ainda mais importante para formar bem os jornalistas. “Os meios de comunicação têm que ter à sua disposição profissionais altamente qualificados para exercer a profissão de jornalista. Tanto quanto medicina, direito e pedagogia, jornalismo se insere nesse contexto, que dialoga com a questão dos direitos civis e sociais. Escolhemos esses quatro cursos, nestes dois anos de supervisão, justamente em função da sua importância para a questão democrática”, enfatizou.

As atuais diretrizes dos cursos de jornalismo datam de 2001. As diretrizes curriculares orientam as instituições de educação superior na formulação do projeto pedagógico dos cursos de graduação e são estabelecidas pelo CNE.

No trabalho de revisão, a sociedade civil participou em três audiências públicas. A primeira, no Rio de Janeiro, reuniu o segmento acadêmico; na segunda, em Recife, foram ouvidos os representantes do mercado de trabalho e das entidades de classe. No último encontro, em São Paulo, os debates contaram com organizações não governamentais e movimentos sociais. Houve consulta pública também pela internet.

A comissão de especialistas, presidida por José Marques de Melo, foi instituída pela Portaria MEC nº 203/2009. A íntegra do relatório está na página do MEC.

Assessoria de Imprensa da Sesu

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pausa para cultura “Pra Ver a Banda Tocar”

Um breve intervalo na sala de aula, para entrar em cena, a Banda do 36º Batalhão de Infantaria Motorizado. A apresentação, que aconteceu nessa terça-feira, 15/09, faz parte do Projeto “Pra Ver a Banda Tocar”, que acontece todo mês, na Faculdade Católica. Com um repertório variado, os músicos encantaram o público. Um momento de descontração e cultura.

Trabalho Balanço Geral














































“Balanço Geral” é tema de trabalho dos alunos do 5º Período da Faculdade Católica

O Programa Balanço Geral, exibido diariamente pela TV Paranaíba (Record) e Rádio Educadora (Jovem Pam), a partir do meio dia, foi tema de trabalho dos alunos do 5º período do curso de Jornalismo, da Faculdade Católica.
Por ser apresentado simultaneamente nos dois veículos, os alunos fizeram uma análise e apontaram quais os elementos devem ser acrescidos na produção das reportagens, edição e apresentação, para que atenda os dois veículos.
Nesta terça-feira,15/09, a equipe de reportagem da TV Paranaíba, composta pelo repórter Vinícius Lemos e o cinegrafista Gustavo Henrique, foi até a sala de aula acompanhar a apresentação dos trabalhos que foram levados para o apresentador do Programa, Marcos Maracanã.

sábado, 12 de setembro de 2009

Advogada da TV Vitoriosa participa de "bate- papo" com alunos do curso de Jornalismo











Atendendo convite da professora da disciplina de telejornalismo, Eliane Moreira, a advogada Viviane Espíndula, da Rede Vitoriosa de Comunicação que inclui Rádios AM e FM , além das emissoras de TV Vitoriosa (SBT) e TV Goiânia (Bandeirantes), participou na terça-feira, 01/09, de um bate-papo com os alunos dos 4º e 5º períodos do curso de Jornalismo, da Faculdade Católica. A advogada falou de assuntos como direito de imagem, ética e por meio de exemplos, mostrou atitudes, que se cometidas pelos futuros jornalistas, podem trazer sérios problemas para a emissora e para o profissional. Os nossos agradecimentos a advogada .

Seminário Telejornalismo


Na sexta-feira, 11/09, os alunos apresentaram trabalhos que remontaram parte da história da TV Brasileira. As apresentações chamaram a atenção pela criatividade. Parabéns, vocês arrasaram!!!

Grupo I


Jorge Chamberlain
Gilberto Pereira
Edson Borges (Edinho)


Os alunos simularam o “Telejornal Imagens do dia” (nome do primeiro telejornal da TV brasileira) e mostraram assuntos que foram destaques na década de 50, data que marcou a origem da TV Tupi, primeira emissora de TV no Brasil, inaugurada em 18 de setembro de 1950. O “Telejornal” foi apresentado por Jorge Chamberlaim e contou com apoio técnico do aluno Gilberto Pereira e até de um garoto propaganda, Edinho, que anunciou um achocolatado, tudo “ao vivo”, característica que marcou o início da TV no Brasil.

Grupo II



Priscilla Gerino
Rafael Cândido
Aline Moraes


O trabalho remontou a história da primeira emissora em Uberlândia, TV Triângulo, hoje TV Integração. As informações foram obtidas por meio da tese de doutorado, da professora da Universidade Federal de Goiás, Ana Carolina Temer. Os alunos, mostraram ainda, fotos e um vídeo, relatando a trajetória da emissora, criada em 1964, por Édson Garcia.

Grupo III


Polyana Moura


Pérola Novais


De forma irônica, por meio do “Telejornal Esculhambal”, um vídeo amador, as alunas falaram de assuntos sérios e mostraram um pouco a história da TV brasileira, destacando acontecimentos que retrataram a falta de ética dos profissionais, como o caso da Escola Base e ainda, de manipulação que resultou na eleição do presidente Fernando Collor.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Apoio no Congresso 09/09/2009 | 15:42

Frente Parlamentar em Defesa do Diploma será lançada dia 16

Na semana passada, a deputada Rebecca Garcia (PP/AM) encaminhou à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados requerimento com número de assinaturas superior ao necessário para a constituição da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma. A instalação da Frente está prevista para o dia 16 de setembro. Atividades em apoio a restituição da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional do Jornalismo estão sendo programadas para o Dia Nacional de Luta, 17 de setembro.

Coordenadora dos trabalhos para a constituição oficial da Frente Parlamentar em Defesa do Diploma, Rebecca Garcia anunciou, no dia 2 de setembro, o encaminhamento de requerimento à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados para a constituição desta Frente suprapartidária. Durante os meses de julho e agosto foi desenvolvido o esforço de coleta das 198 assinaturas de parlamentares necessárias para sua formalização. Até o dia 2, já haviam sido coletadas 203 assinaturas.

A Frente tem por objetivo ampliar o debate sobre a questão do diploma e de outros temas relacionados à profissão de jornalista, como uma nova legislação, de caráter democrático, para regular as relações entre os veículos de comunicação, os profissionais e a sociedade, após a derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, em junho, da Lei de Imprensa e da exigência da obrigatoriedade de diploma em curso superior para o exercício do jornalismo.

Os trabalhos de sensibilização dos parlamentares, no entanto, não param. “Temos certeza de que outros parlamentares podem e devem aderir a esta Frente, como também apoiar a tramitação das PECs na Câmara e Senado”, diz Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e membro da Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma. “Mas para isso é preciso que o esforço de sensibilização dos parlamentares e de cada vez mais setores da sociedade prossiga”, observa. Ela recomenda contatos com os parlamentares integrantes das Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara e do Senado, bem como com deputados que ainda não aderiram à Frente Parlamentar.

Além do ato de instalação da Frente Parlamentar na Câmara dos Deputados, Valci lembra que em reunião ampliada da direção da FENAJ com representantes dos Sindicatos de Jornalistas, em julho, ficou definido que o dia 17 de cada mês é Dia Nacional de Luta, em alusão à data da decisão do STF que derrubou a exigência do diploma (17 de junho). O Sindicato dos Jornalistas do Piauí já programou para 17 de setembro uma grande manifestação em Teresina, com a participação de estudantes, professores e jornalistas em defesa do diploma.

No Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (10/9), às 10 horas, na Assembleia Legislativa (Rua Dom Manuel, Praça 15), haverá o lançamento da Frente Parlamentar Estadual e audiência pública sobre o diploma.

Fonte:http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=2797

segunda-feira, 7 de setembro de 2009





Brava gente, brasileira...

Parabéns, ó Brasileiros! Já com garbo juvenil,

Do universo entre as nações Resplandece a do Brasil.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009



CORAGEM PRA SE EXPRESSAR


Precisamos enfrentar as mudanças com ousadia, pois a vida é dinâmica, tudo está sempre mudando. Para crescermos precisamos enfrentar desafios que nos conduzirão a situações melhores. "Se compreendermos que a própria vida é um processo em contínua mutação, iremos nos sentir vinculados às mudanças, em vez de alienados em relação a elas. Seremos capazes de sentir os ventos sutis da mudança e agir de acordo com eles, em vez de mergulhar em um furacão. É isso que significa participar de um processo de mudança. Você se sente integrado a ela. Sente que se desvencilha do velho para abrir espaço para o novo." (Sobrevivendo ao Caos –Susan Capbell) Não seja alguém conformado, daqueles que se acostumam com a vida que levam, que tem medo de partir em busca de um melhor emprego, de buscar novos conhecimentos, de desempenhar novas atividades, etc... Seja uma pessoa determinada, que vive em função de melhorar sempre, em todas as áreas da vida, é necessário possuirmos coragem de sermos diferente, de assumirmos nossas convicções com firmeza, de fazer o correto, mesmo as pessoas ao seu redor o recriminem,Tenho Coragem de expressar com responsabilidade meus pensamentos: Estamos vivemos dias difíceis: A violência tem crescido assustadoramente; a corrupção atinge todos os níveis do setor público; o meio ambiente é degradado sem limites; os direitos do trabalhador são cada vez mais diminuídos; etc... Acredito que muitos não estão percebendo que estamos em direção a um caos social, caso não exista algumas mudanças urgentes. Os nossos jovens estão sendo manipulados pelas mídias, estão perdendo o poder de decisão e a vontade de reivindicar pelos seus ideais.Mais ainda dá tempo de acordarmos e agirmos se pretendemos viver num mundo melhor.Precisamos de pessoas perseverantes diante das dificuldades, que nunca desistam dos seus ideais, que sonhem com um mundo melhor e tenham coragem de lutar por ele. Pessoas menos egoístas, que estejam preocupadas com a qualidade de vida da próxima geração, que não sejam conformadas com o mundo em que vivem, que não tenham medo de tomar uma atitude, de ousar, que nunca baixem a cabeça, que falem e expressem o seu sentimento de revolta e indignação, que sugiram mudanças e estejam dispostos a batalhar por elas.Minha mudança de trabalho e de vida aos 38 anos foi muito comentada e discutida. Que bom que isso aconteceu, pois percebo que os comentários sejam eles positivos ou negativos estão servindo de balizamento para que eu cresça cada dia mais.Mudança em determinado momento de nossa vida, significa ter coragem, ou melhor, significa que aproveito bem as oportunidades que a vida sempre me ofereceu.Tem gente que não tem coragem de mudar e passa a ser covarde e tenta, apenas tenta copiar os outros, mais sem sucesso,POIS CADA UM TEM UM JEITO DE SER.


Marcos Maracanã

BALANÇO GERAL

TV PARANAIBA

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Abertas as inscrições para o Prêmio Comunicador do Futuro

Atenção estudantes de Comunicação!
Estão abertas as inscrições para a segunda edição do Prêmio Comunicador do Futuro. O concurso, coordenado pela Secretaria de Comunicação, do Governo de Minas, é uma oportunidade para os estudantes de Comunicação Social de todo o Estado, demonstrarem o talento através de textos jornalísticos, peças publicitárias e fotografias.
Com o tema “Água, fonte inesgotável?” o prêmio quer discutir a questão da preservação ambiental com os estudantes, como explica o subsecretário de Comunicação de Minas, Sérgio Esser.
Ouça no Agência Minas
Agência Minas, acesse as notícias do Governo de Minas Gerais. Acompanhe também no www.youtube.com/agenciaminasgerais

Autor: Agência Minas/repórter Guilherme Barbosa

terça-feira, 1 de setembro de 2009


Projeto pretende mudar a velha lei da radiodifusão

Qua, 01 de Abril de 2009 20:52

Está tramitando no Senado um projeto de lei surpreendente. Ele determina às emissoras de rádio e de TV a divulgação, por meio de pelo menos dez inserções diárias, da sua condição de empresas concessionárias de um serviço público.

Laurindo Lalo Leal Filho*

Há muito tempo faço uma certa blague com meus alunos. Costumo dizer que só acreditarei na democracia brasileira quando as emissoras de TV colocarem no ar, nos intervalos da programação, a seguinte frase: "Esta é uma concessão pública outorgada pelo Estado em nome da sociedade. Teve seu início em tal dia e se encerra no dia tal". Alguns riem, outros sorriem. Ninguém acredita que um dia isso venha a acontecer. No fundo, nem eu mesmo.Os concessionários desse serviço público sempre fizeram questão de esconder essa condição. Eles posam como "donos das TVs", confundindo ardilosamente a propriedade das empresas, das quais são efetivamente donos, com os canais públicos por onde circulam suas mensagens e que são de toda a sociedade. Acredito que a expressão "concessão pública", referida ao rádio e à TV, nunca tenha sido pronunciada numa emissora comercial. É um tabu. Por isso, a maioria absoluta da população, que só se informa por esses meios, quando perguntada a quem pertence um canal de TV responde: à família Marinho, ao Silvio Santos, ao bispo Macedo ou à família Saad. Não passa pela cabeça dessas pessoas a idéia de que esses grupos apenas ocupam espaços públicos e que, teoricamente, poderiam ser substituídos caso houvesse um processo aberto e democrático de outorgas no país. Como irão saber, se ninguém conta?Pois não é que está em fase final de tramitação na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal um projeto de lei surpreendente. Ele determina às emissoras de rádio e de televisão a divulgação, por meio de pelo menos dez inserções diárias, da sua condição de empresas concessionárias de um serviço público. A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), autora da proposta, diz na justificativa que o rádio e a televisão não são empreendimentos meramente comerciais, mas um serviço público que pressupõe o atendimento das demandas do público. E a União, por ser o poder concedente, deve agir em nome do receptor, garantindo que a exploração de tais serviços seja sempre exercida em função dos seus interesses.E vai além. Diz entender que, para atender a esses interesses, o espectro eletromagnético não pode ser objeto de apropriação por poucas famílias. Lembra, em defesa da proposta, que até a década passada a exploração dos veículos de grande parte da mídia no Brasil esteve concentrada nas mãos de apenas nove grupos familiares, número que caiu para cinco, com a derrocada de alguns deles. Diante disso, o projeto pretende ampliar para outras pessoas e grupos sociais o acesso à exploração desse serviço. Por outro lado proíbe esse mesmo acesso a familiares até segundo grau dos atuais concessionários.O projeto, na verdade, acrescenta novos dispositivos ao artigo 38 da Lei 4117, de agosto de 1962 que instituiu o Código Brasileiro de Telecomunicações. Velha de mais de 40 anos, ainda que alterada algumas vezes, é ela que baliza até hoje o funcionamento do sistema de radiodifusão no Brasil. Para avaliarmos o seu anacronismo é só pensar o que eram a TV e o país no início dos anos 1960. Via-se televisão em preto e branco e o video-tape surgia como grande novidade. E o Brasil ainda era um país rural, com mais de 70% da população vivendo no campo. Hoje, essa proporção mais do que se inverteu, com a cidades abrigando cerca de 80% dos brasileiros. Para não se falar nas mudanças de hábitos, gostos e valores.Dou dois exemplos: em 1962 a pílula anticoncepcional não estava livremente à venda nas farmácias e a mini-saia ainda não entrara em moda. De lá para cá o país e o mundo mudaram muito. Mudanças culturais acompanhadas por um dos maiores surtos de transformações tecnológicas já ocorridos na área das comunicações. Para ficarmos apenas na TV, hoje ela circula pela internet e entra na era digital. Mas apesar de tudo isso, a lei continua a mesma.E pior. É vergonhosamente desrespeitada no pouco que ela ainda tem de atual e positivo. Diz por exemplo que o tempo destinado à publicidade comercial na programação não poderá exceder a 25% do total. Há emissoras vendendo produtos e serviços 24 horas por dia. São empresas que recebem uma concessão para dar preferência a finalidades "educativas, artísticas, culturais e informativas", como manda a Constituição e as transformam em um balcão eletrônico das mais variadas mercadorias. E há outras que também violam a lei mas de maneira mais sutil. Para isso usam, além dos intervalos, os próprios programas para fazer propaganda, pondo no ar os indefectíveis merchandisings. O tempo por eles ocupado, somado ao dos anúncios convencionais, dificilmente fica abaixo dos 25%, em diferentes emissoras.Digo isso para ressaltar que o projeto em tramitação no Senado é importante e precisa ser aprovado. Mas só isso não basta. É preciso fazer com que a lei seja cumprida, coisa ainda difícil no Brasil, especialmente nessa área, onde os interesses particulares consolidados parecem inabaláveis. Ainda assim, a referência legal é importante, nem que seja para colocar a discussão do controle público sobre a radiodifusão na pauta nacional.O projeto (PLS 71/08) está com o relator, o Senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), radialista de origem. E a decisão da CCT é terminativa. Ou seja, não há necessidade de ir ao Plenário. Se aprovado segue diretamente para a Câmara dos Deputados. O caminho para se tornar lei, como se vê, ainda é longo. Mas só o fato do projeto existir já é um grande avanço, algo inconcebível há alguns anos. Torço para a sua aprovação final, ainda que me custe o fim da brincadeira feita todos os anos em sala de aula.*Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP e da Faculdade Cásper Líbero. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).

**Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4116